Você que me lê, me ajuda a nascer.

terça-feira, novembro 28, 2006

O seu olhar melhora o meu.

Quando converso com você, eu aprendo mais de mim do que qualquer outra coisa. Aprendo como seria se fosse comigo, como me irrito fácil, como responderia a este ou aquele problema. Eu converso com você e melhoro. Dia bom.

segunda-feira, novembro 27, 2006

C.R.A.Z.Y.

Não só o filme Crazy - Loucos de Amor é bom, como ficar louca de vez em quando faz bem. Trilha sonora ótima, e eu adoro isso que o cinema faz, de subverter a ordem, corromper as coisas. Todo mundo decretando a morte das metanarrativas e o cinema faz das micronarrativas a bola da vez. Isso começou faz tempo, década de 80 já se escrevia narrativas miúdas pra contar grandes ou pequenas histórias. Depois de ver Caminho para Guantanamo eu realmente aboli o rock pesado da minha vida e dedicarei maior espaço ao rap. Assim são as coisas. Meu negócio é roquenrou estilo Dylan-Zeppelin-Morrison, nada mais a declarar. Parte II, Bienal de Arte: o segundo piso da Bienal tem mais vídeos e instalações. Adorei algumas coisas, como Tomas Saraceno, Eloisa Cartonera e Servet Kocygit. Minerva Cuevas é legal. Abel Abdessemed chamou um vídeo onde um gato come um rato de "O Nascimento do Amor". Mais contemporâneo impossível. Gravei um segredo no microfone do Itaú Cultural, que tá com uma exposição chamada Primeira Pessoa. É um segredo que todo mundo sabe, que eu sempre conto pra todo mundo. Se você ouvir alguém falando em malas para arrumar, medos e compromissos por aí, já que a gravação pode ser usada em qualquer lugar e hora do mundo, saiba que aquela voz sou eu. No talo. Eu deveria ter escrito tudo isso ontem, mas me roubaram a atenção e os sentidos assim que eu pisei o pé em casa. Eu, imensamente feliz. Mas tendo que conviver com a idéia de que nem todo mundo é feliz. Eu conheço gente infeliz, tu conhece? A coisa mais triste é que pessoas infelizes odeiam felicidade. Deve ser por isso que são infelizes. Odeiam pessoas sorrindo e que não deixam a peteca cair. Não conseguem pedir ajuda, por isso, infelizes. Nota zero pra elas. Não que eu goste disso, mas não posso fazer muito se infeliz se está, infeliz se quer ficar.

sábado, novembro 25, 2006

Se isso não é amor... bah...

Devia ir dormir, mas não páro de pensar nele. E ele me ligou. Passou o dia ligando na minha casa, uma voz estranha atendeu, e não sabia entender o que ele dizia, então ele preocupado me ligava, me ligava até às suas 4 da matina, se isso não é amor, eu não sei o que é, bah. Nova definição de amor? Eu acho que amor deve ser bem aquilo que a gente não sabe o que é, mas que dá uma sensação de paz. Não tem mais nada a ver comigo, Shake It Off já passou, só que eu não conheço nenhuma música que possa dizer o que eu sinto agora, talvez Wave, "fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinha", e eu que cantei pra ele, mas não é só isso, é mais. Tem algum tempero que eu não sei o que é, e nem a melhor culinária do mundo poderia me fazer provar esse sabor, nem a gastrônoma que descobre os temperos orientais num restaurante chinês sujinho em Manhattan saberia me dizer o que é, por que não tem nome, é indizível a sensação de me sentir a mulher mais feliz do mundo. E melhor: indizível e incancelável. Feliz por que sou amada. Isso eu sei. Mas por quê, como e onde, isso eu não saberia dizer. E faz bem pra mim, tou bem assim. Acho que vou dormir em paz, mesmo longe de você.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Faço, refaço, desfaço.

Por que eu adoro Louise Burgeois.

É você.

Pensei que não ia sentir tantas saudades. Pensei que não ia me importar tanto. Mas hoje, quando ele me mandou uma mensagem falando que tinha chegado e tava tudo bem, meu coração quis resmungar um "que droga de saudade!", mesmo sabendo que ele não ia ouvir nada. Nem se eu mesmazinha gritasse. O mais engraçado é que ele não é perfeito. Resmunga do meu lado e compra presentes para amigas, amigas que conheço a história, amigas que vão usar o brinco com o meu gosto. Tem o sorriso de menino bobo, brinca comigo mas me beija como homem, me diz que sou universal, fenomenal, menina bacana e legal, que faz todo mundo rir e dançar, que conta piada sem medo de parecer boba e simples, inteligente de tudo, cara, corpo e coração. Não sei o que de tudo o mais eu gosto nele, por que pra mim eu nem gostava dele tanto assim. Foi tão bom que parecia já verdade, parecia que eu vivia aquela vida fazia tempos e tão rápido me acostumei a acordar do seu lado que me dizia bom dia e ia me fazer café de verdade, me passava manteiga no pão ou doce de leite, como eu quisesse. E não me acendia o cigarro pra que eu não fumasse e ficasse que nem ele, essas coisas de homem apaixonado mas que com ele parecia normal e simples assim, parecia que me amar era fácil e fazia parte da vida dele, coisa que ele fazia tão bem que me dava a eterna certeza que tinha sido sempre ele, mesmo quando eu não sabia, o homem da minha vida. E não, ele não me disse euteamo o tempo inteiro. Ele me olhava, e com aqueles olhinhos miúdos me dizia tudo aquilo que não poderia dizer pelos contratos, tempos, distâncias. Não adiantava esconder nada, e ele nem queria, quando babava de orgulho comigo cantando e inventando a dança do elefante, coisa de menino, bobo, bobo. Eu também não disse te amo. Não mais de uma vez. Me arrependo de não tê-lo beijado de novo, abraçado de novo, sorrido de novo. Ele merecia. E, quer saber? Eu também. Não é ruim, não dói, não é só paixão. E nem amor é só também. É algo mais, como quando agora eu digo nãos por aí por que me sinto gostando de alguém. Coisa de doido. De doida.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Estoy aqui, aha.

Nunca pensei que ia dizer isso aqui de Buenos Aires. Faz um friozinho chato, tem gente passando na rua, eu estou aqui falando outra língua e ensinando espanhol para europeus. Aha. Mentira pura. Bom pra mim, aprender. Buenos Aires parece Sampa, se tu está na hora do rush ali na Avenida Paulista, e na Corrientes é a mesma coisa. Apesar de adorar a urbanidade, eu num gosto muito de posts datados. Por mais contraditório que isso possa parecer. Sempre descubro coisas de mim quando me encontro com outras pessoas, acabo descobrindo que num sei mesmo o que quero e só o que posso fazer é continuar vivendo, sem casamentos ou compromissos. Deixa a vida me levar entonces.

quarta-feira, novembro 15, 2006

passatempopassatempo

vaipassarestápassandojápassou hoje sonhei com você me chamando pra casar, mas não ouvi minha resposta, então vou desconsiderar. Tudo e nada, não acredito nisso, acredito que vai dar tudo certo no final, mas em casamento eu não penso, penso num filho e quero escolher que nem Madonna e Jolie, mas agora não, vou esperar, esperar sentadinha, tenho um diploma que sai pelo Vaticano e vale em todo o mundo, posso correr mundo e depois parar pra tomar um sorvete ali na esquina, posso girar o mundo mas sem esquecer de sonhar com você me pedindo em casamento toda noite, toda noite eu sonho um bocado mas nem sempre eu lembro e nem sempre é com você, toda noite eu fico pensando que na outra noite eu quero acordar nos seus braços mas isso é caretice é bobagem para uma garota que sempre esquece as coisas nos lugares mais improváveis então eu esqueço também de pensar em você pra não ficar tendo que me preocupar em lembrar depois na hora de dormir. buenos aires e tudo mais mas eu não páro de ler o jornal me falando de israel e palestina e não acho justo a condenação do saddam, não torci o nariz para a pelosi mas não gosto da muié do kischner, penso no evo e se ele não quer ser meu maridinho, só por causa do movimento dos cocaleros, mas eu vou cancelar esse jornal que me está comendo o cerébro e assinar revistas mais inteligentes, ano novo, vida e assinaturas novas. o buzão vai aumentar e eu só ando de buzão, no máximo umas caronas quando saio do trabalho com uma loira que não sabe como é bonita e não sai pra passear, é uma pena, as pessoas deveriam sorrir mais e mais e passear sempre sempre. você pensa que eu não falo pra ela, mas eu falo, acho que ela não me ouve, eu só sou uma pentelha que não sabe nada da vida e ainda gosta do saddam (um pouquinho vai). escrevo rápido e sem pontuação por que não posso comer as unhas, pintei de vermelho tomate em homenagem à mulherona que tenho dentro de mim, não sei bem aonde e nem sei se quero que ela apareça, mas pintei e está diferente, parece não-eu, mas como eu sei que existo sei que tem eu nesse esmalte vermelho, então é engraçado e eu me divirto olhando para as minhas unhas, isso dura uma semana ou duas no máximo, a filosofia é mais eterna, pelo menos isso eu sei.

terça-feira, novembro 14, 2006

É hoje.

Se você não sabe, é hoje. 26 anos na cara, no corpo, é isso. Mas o que eu estou esperando mesmo é chegar no Ezeiza e ver você, fingindo calma me dizendo oi. Está mais do que perto.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Volver.

Qualquer coisa que a gente faça sempre me parece um pouco de retorno pra dentro de si mesma, me vejo sempre querendo descobrir o que em mim mudou e o que ainda permanece, nunca vai ser de novo igual, mas sempre vai ter algo de antes. O mundo, a vida, é matéria movente, areia movediça que com o tempo evapora, desaparece pra lá na frente virar pedra, pedaço de madeira, concha de mar. É bom saber que depois de tudo ainda tem sempre um pouco de mim aqui, não preciso me guardar pra me encontrar mais tarde, eu sempre vou viver em pedacinhos de mim espalhados por aí, como quando alguém me lembra por aí, alguma coisa ou cartaz ou foto e ali sou eu. Agora eu estou aqui, mas não importa bem onde, eu só queria dizer que aqui do lado, um amigo dorme, a cidade respira. Vivamos então. Quem precisa de palavras quando tem todo o sentimento do mundo?

quarta-feira, novembro 01, 2006

Curitiba.

Aqui no Tietê, apressada, as coisas passam rápido, mesmo depois de ter acabado de assistir na Paulista um filme francês, tomando café quente com adoçante. A vida é tão simples então. Tou chegando, bota água no feijão.

Bob.

Sei l'unica persona responsabile per il mio sorriso di oggi. Offro a te tutta la mia felicità. Missão cumprida, se você conta sem querer uma história do folclore europeu muito chata e uma criança vira pra você e diz: - Mas por que que a mocinha casa com um assassino, o cara que pra se dar bem teve que matar o anãozinho? É isso aí.